Dois anos após o início do estudo e erradicação das térmitas do Bairro dos Americanos, em Santa Rita, os resultados são promissores. A ideia foi transmitida pelos responsáveis da Câmara Municipal da Praia da Vitória (CMPV) e os técnicos da Universidade dos Açores (UAç), numa visita ao local, na passada segunda-feira, 07, onde foi examinada a eficácia do projeto.

O vereador do Desenvolvimento e Coesão Rural, das Infraestruturas e Mobilidade, Osório Silva, explica que ”a térmita subterrânea foi erradicada em mais de 90% das habitações. No sentido de colmatar pequenos focos, os técnicos municipais vão manter a vigilância até 2020, altura em que esperamos ter erradicado por completo esta térmita”.

“Não teria sido possível obter estes resultados, sem a colaboração dos habitantes locais. A comunidade tem-se demonstrado atenta e preocupada com as suas habitações”, referiu.

O edil praiense anunciou ainda a realização de uma ação de sensibilização direccionada à população local, com o intuito de consciencializar os moradores para os danos provocados pela proliferação desta espécie.

Segundo o professor da Universidade dos Açores, Paulo Borges, o projeto apresenta resultados muito positivos, demonstrando uma maior capacidade em enfrentar a propagação deste tipo de térmita. Esta acaba por exigir custos de erradicação mais baixos, quando comparada com outras espécies, nomeadamente a térmita de madeira seca ou de madeira viva.

A intervenção foi avaliada em cerca de 95 mil euros, tendo o Governo Regional dos Açores investido 70 mil euros e o Município 20 mil euros, com a colocação de cerca de 300 armadilhas, no interior e exterior de meia centena de habitações. Deste modo, foi possível proceder à erradicação de grande parte das térmitas, cujo foco se encontrava em oito residências.

Este projeto, implementado no Bairro dos Americanos, em Santa Rita, resulta de uma parceria entre a CMPV, o Governo Regional, a UAç, o LNEC e uma empresa espanhola especialista no combate às térmitas, Ensystex.

Gabinete de Comunicação.