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Comunicado
A propósito do Parque Empresarial da Vila das Lajes, Câmara Municipal da Praia tem de dar o exemplo na legalidade dos seus projetos
13 fevereiro 2023
A propósito do Parque Empresarial da Vila das Lajes, Câmara Municipal da Praia tem de dar o exemplo na legalidade dos seus projetos
Na sequência da nota pública emitida pelos vereadores do Partido Socialista na Câmara Municipal da Praia da Vitória sobre a anulação do procedimento da empreitada de construção do Parque Empresarial na Vila das Lajes, entende-se importante apresentar as seguintes informações:
 
1 – O projeto de construção de um parque empresarial na Vila das Lajes surgiu em 2015/2016, resultando numa candidatura – aprovada – a fundos da União Europeia (programa operacional Açores 2020);
 
2 – Aquando da entrada em funções do atual Executivo - cinco anos após essa decisão - o projeto apresentava uma taxa de execução de 9%, referente substancialmente à aquisição de terrenos. Mas, à data, só uma parte importante dos terrenos encontrava-se por adquirir; apesar de a Autarquia já ter gasto quase 800 mil euros em aquisições;
 
3 – Acresce a essa situação que:
a) foi contratado um empréstimo para este projeto, tendo o dinheiro sido gasto noutras despesas;
b) o projeto não comportava o obrigatório estudo de impacto ambiental;
c) foram adquiridas parcelas por valores muito acima do preço de mercado;
d) em fevereiro de 2021, o então executivo municipal do Partido Socialista contratualizou com o empreiteiro a obra, sem garantir toda a legalidade do projeto, em particular o respeito pelas obrigações ambientais;
e) os pareceres emitidos não foram respeitados integralmente, em particular a não afetação de uma linha de água existente na zona.
 
4 – É importante realçar que a contratação da obra ocorreu cinco anos após a aprovação do projeto pelo Açores 2020 e a pouco mais de um ano do fim do prazo de concretização física e financeira da empreitada;
 
4 – Portanto, só por estes factos, se depreende facilmente que é absurdo imputar responsabilidades neste processo ao atual Executivo Municipal, querendo acarretar-lhe responsabilidades que, em cinco anos, os executivo municipais do Partido Socialista não trataram.
 
5 – O atual Executivo Municipal, após conhecimento integral e pormenorizado da situação, decidiu – como em tantos outros imbróglios herdados dos mandatos socialistas na Câmara Municipal da Praia da Vitória – repor a legalidade no processo, para que esta empreitada de importância estratégica para o Concelho surgisse sem mácula;
 
6 – Que exemplo dá uma Autarquia que não respeita a lei? É essa preocupação que move o atual Executivo Municipal. E foi esse princípio que motivou a alteração do projeto, para que o mesmo não estivesse ferido na sua legalidade;
 
7 – Quanto à decisão do Tribunal de Contas TC): importa deixar claro que o projeto inicial do Parque Empresarial da Vila das Lajes obrigava a estudo de impacto ambiental. Algo que os executivos socialistas optaram por ignorar. E essa análise deixou claro que a construção do parque afetava uma linha de água existente na zona. Nessas circunstâncias, foram introduzidas alterações no projeto para que fosse salvaguardado esse curso de água. Essa alteração – ocorrida após a celebração do contrato – é entendida pelo TC como suficiente para alterar o caderno de encargos e, por essa razão, exigir a revisão do processo. Por isso, o TC não visa o processo nos moldes apresentados;
 
8 – Dado que, até dezembro de 2023, todos os investimentos apoiados pelos Açores 2020 têm de estar física e financeiramente concluídos; e dado que a construção do parque está estimada em 450 dias; torna-se evidente não ser possível em tempo útil conformar o projeto à exigência do Tribunal de Contas e garantir a sua concretização antes do final do ano;
 
9 – São estes factos que sustentaram a decisão de anular o procedimento e preparar todo o projeto para o submeter a uma futura candidatura ao programa operacional Açores 2030.
 
Ao contrário dos vereadores do Partido Socialista na Câmara Municipal da Praia da Vitória, não abdicamos da legalidade dos projetos liderados pela Autarquia;
 
Ao contrário dos vereadores do Partido Socialista na Câmara Municipal da Praia da Vitória, não nos desresponsabilizamos das decisões tomadas, apontando o dedo a quem está a procurar resolver, para que ninguém se lembre dos verdadeiros responsáveis pelos problemas;
 
Ao contrário dos vereadores do Partido Socialista da Câmara Municipal da Praia da Vitória, não usamos a retórica e as meias verdades para explicar a demonstrar o estado financeiro atual da Autarquia, fazendo de contas que o passado não importa, porque só o futuro interessa.
 
O atual Executivo Municipal da Câmara Municipal da Praia da Vitória, confrontado com dezenas de processos e decisões de duvidosa eficácia e com uma herança financeira castradora de qualquer desenvolvimento a curto prazo, tem procurado assegurar a legalidade das ações municipais e garantir a retoma da sustentabilidade das contas municipais. Mas – pasme-se - para os vereadores do Partido Socialista isso representa apenas incapacidade de projetar o futuro.
 
Seria interessante os vereadores do Partido Socialista explicarem cabalmente aos Praienses como projetariam o futuro sem terem dinheiro para pagar o presente?
 
Provavelmente dirão que isso não interessa, porque só o futuro é importante. Os seus antecessores fizeram o mesmo. E vejam onde estamos!

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