O presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória considera que um dos maiores desafios da nossa sociedade assenta na conquista das novas gerações, no sentido destas perpetuaram a cultura açoriana além-fronteiras. Roberto Monteiro intervinha no âmbito da inauguração do monumento ao emigrante, que decorreu na tarde de sábado, 08 de agosto, no Passeio da Marina.
Segundo o autarca, “é necessário demonstrar aos jovens o que a nossa terra tem de melhor, incentivando-os a visitar-nos e a promover a cultura açoriana, despertando nos mesmos o gosto e a paixão pela ilha Terceira.”
"Para que isso aconteça, é importante haver uma união de esforços por parte dos familiares, das entidades locais e da sociedade civil, com vista à valorização das nossas raízes, saberes e tradições, que constituem a identidade cultural do nosso povo”, referiu.
Na sua intervenção, Roberto Monteiro destacou também todo o trabalho desenvolvido pelas organizações e entidades da diáspora na manutenção dos nossos costumes, que contrariamente ao que acontece na ilha Terceira, não dispõem de apoios financeiros para perpetuar a nossa cultura.
“Este monumento, que hoje inauguramos, representa o reconhecimento de todos os praienses pelos nossos emigrantes, que levam o nome da nossa terra o mais longe possível, contribuindo para a dinamização da ilha e da Região”, explicou.
O responsável municipal mencionou ainda a saudade e o encantamento, dois motivos que contribuem para o regresso dos emigrantes e dos seus descendentes.
“Os emigrantes regressam pela saudade da terra, da família e dos amigos, enquanto as gerações mais jovens nos chegam pelo encantamento por este local, considerando que não nasceram aqui e não têm qualquer tipo de ligação à terra, ao contrário dos pais e avós”, disse.
“Deste modo, temos de nos manter unidos para conseguir que os mais jovens continuem a amar esta terra e esta gente”, concluiu.
Para Renato Silva, autor do monumento, “a elaboração desta escultura constituiu um enorme desafio pela importância que a comunidade emigrante desempenha na nossa Região.”
Segundo Paulo Teves, diretor regional das Comunidades, “é importante prestar uma homenagem àqueles que perpetuaram o que é ser-se açoriano, noutros territórios. Os nossos emigrantes são os verdadeiros embaixadores dos Açores, dando uma nova dimensão ao arquipélago junto da comunidade estrangeira.”
A receção ao emigrante contou com a presença da Sociedade Filarmónica Espírito Santo da Agualva e do Grupo de Danças Culturais Portuguesas “Youth Council 4 Sacramento.”
Gabinete de Comunicação.
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