A contínua aposta da Autarquia praiense na dinamização da cultura e da educação no Concelho, através da valorização do património histórico e do reforço de iniciativas que promovam a partilha de conhecimentos, constitui uma das principais metas a cumprir, no âmbito das estratégias municipais de desenvolvimento local. A ideia foi transmitida por Tibério Dinis, na sessão de abertura do Praia Outono Vivo, subordinado à temática ”Ilha dos Amores”, que decorreu na sexta-feira, 30, no Auditório do Ramo Grande.
Segundo Tibério Dinis, vereador da Cultura, “a cultura e a educação desempenham um papel fundamental no desenvolvimento do concelho, pois assentam na partilha de costumes e saberes que caracterizam a nossa identidade. Por este motivo, pretendemos reforçar a importância destas áreas na consolidação do futuro das gerações vindouras.”
“Orgulhamo-nos da importância que a educação e a cultura assumem no Plano Estratégico de Desenvolvimento Local 2015-2020, que permite olhar para os próximos anos com inovação e sustentabilidade”, reforçou.
“O Outono Vivo, pela sua diversidade cultural e literária, reúne as condições essenciais ao crescimento da sociedade, contribuindo para a sua dinamização”, ressalvou.
“Homenageamos, este ano, Gervásio Lima, escritor, jornalista e historiador da cultura açoriana, nascido na Praia da Vitória, cujo trabalho desenvolvido muito nos honra”, referiu.
“Este certame cresceu e consolidou-se. Procurou novos parceiros e novos desafios, assumindo-se hoje como o maior festival literário dos Açores e uma das maiores feiras do livro de Portugal, com vista à promoção dos autores e artistas locais”, disse.
“Ao longo destas dez edições, o Outono Vivo tem vindo a afirmar-se no panorama cultural, integrando, este ano, a plataforma internacional de festivais “Europa para os Festivais. Festivais para a Europa”, que visa a projeção de eventos de qualidade a nível internacional”, salientou.
“Para além deste certame, que hoje se inicia, o Município prevê um conjunto de intervenções a ter início este ano, que irá contribuir para o reforço e valorização do nosso património cultural, designadamente a muralha da Praia (parceria com a
Direção Regional da Cultura); os Paços do Concelho; a Casa Museu Vitorino Nemésio; o Museu do Ramo Grande; a Casa da Roda; e a Casa das Pias”, explicou
“Em 2016, alocaremos ainda os nossos esforços no regresso do Teatro à Praia da Vitória com o Laboratório de Artes Cénicas da Academia de Juventude e das Artes da Ilha Terceira”, adiantou.
Este ano, o Município praiense manteve a sua aposta no projeto “Onda Cultural”, levando diversas iniciativas às freguesias municipais; realizou o primeiro Festival Internacional de Contos “Conto Contigo na Praia”; e estabeleceu parcerias junto dos principais grupos editoriais do país para o Prémio Literário Vitorino Nemésio, com vista ao reforço da educação e da cultura.
“Este conjunto de medidas definem o rumo a seguir, contribuindo para a consolidação da estratégia necessária para vencer os novos desafios”, concluiu.
Presença dos escritores Pedro Chagas Freitas e José Rodrigues dos Santos
A sessão de abertura contou com a participação de Pedro Chagas Freitas, autor de obras como “Prometo falhar” e “Queres Casar Comigo Todos os Dias, Bárbara?”, de entre outras publicações.
No sentido de criar uma maior proximidade do público, o autor leu excertos das obras mais conhecidas, ressalvando a importância das emoções na leitura.
Pedro Chagas Freitas abordou as principais temáticas que constituem os seus livros, demonstrando que a obra “Prometo Falhar” pretende olhar a insuficiência humana como algo natural, considerando que somos seres imperfeitos.
No que concerne ao seu último romance, o escritor foca a importância da construção das relações amorosas, no sentido de ultrapassar os obstáculos diários que lhes são inerentes. Esta obra está dividida em duas partes, sendo a primeira constituída pelas experiências de um casal e a segunda por diversas notas soltas, que traduzem as emoções vividas na consolidação de uma relação.
No sábado, 31, subiu ao palco do Auditório do Ramo Grande o escritor José Rodrigues dos Santos para apresentar o seu mais recente livro, intitulado “As Flores de Lótus”.
Segundo o autor, “este romance, que narra a história de quatro famílias provenientes da China, Rússia, Japão e Portugal, permite-nos perceber o confronto de ideias e ideologias do século XX, estabelecendo um contraste entre a ditadura e a democracia.”
Com a criação desta obra, José Rodrigues dos Santos pretende demonstrar o impacto de uma ideia na mudança de mentalidades, informando o leitor de factos históricos reais.
Para o escritor, é importante informar devidamente as pessoas para que estas possam assumir um papel consciente na evolução da sociedade na qual estão inseridas.
São 14 os romances que integram a vasta obra do autor, abordando temas variados, como História, Ciência, Política e Economia, sempre com base em factos verídicos.
O início do Outono Vivo foi marcado pelas atuações musicais de Sónia Pereira e Nivaldo Sousa e António Bulcão e Luís Bettencourt.
Notícias Relacionadas
Praça Francisco Ornelas da Câmara | 9760-851 Santa Cruz
Telefone: 295 540 200
geral@cmpv.pt