O presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória exige que o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) reponha a verdade no relatório sobre a “Análise e Acompanhamento dos Trabalhos de Reabilitação para Melhoria da Situação Ambiental Envolvente aos Furos de Abastecimento de Água do Concelho da Praia da Vitória”, onde se encontra “um juízo de valor sobre a qualidade da água para consumo no Concelho”.
Roberto Monteiro, que falava aos jornalistas no final de uma conferência de imprensa, sublinha que o LNEC “induz em erro” ao incluir no documento que houve uma análise que detetou níveis de hidrocarbonetos acima dos valores aceitáveis e que o laboratório e a empresa municipal Praia Ambiente nada fizeram, mas não referir que houve uma contra-análise que demonstrou que a primeira análise decorreu de um erro laboratorial.
“O comportamento do LNEC não é correto nem eticamente aceitável. Porque faz um juízo de valor que alerta as populações – porque o consumo de água é um tema sensível – e que afeta a imagem da empresa municipal, que sempre pugnou pela proteção e salvaguarda dos munícipes e, em momento, algum explica que houve uma reação imediata da Praia Ambiente, ouvindo vários especialistas e avançando para a realização de uma contra-análise que demonstrou que os valores registados tinham origem num erro laboratorial. Esta contra-análise foi realizada, a expensas do Município, num laboratório na República Checa, o mesmo cuja competência é reconhecida pelo LNEC, que recorre aos seus serviços”, afirma.
“E, pior, a Praia Ambiente, perante a versão preliminar do documento, solicitou a sua correção, mas, estranhamente, essa não ocorreu. E o ridículo é que o próprio LNEC utiliza os resultados da contra-análise para afirmar, mais à frente, que não existe perigo para a população no consumo da água fornecida pela Praia Ambiente”, argumenta o autarca praiense.
“Gostaria de deixar claro que a credibilidade técnica do LNEC não está em causa. Apenas condeno o comportamento desta entidade em colocar uma frase maliciosa, que questiona a competência e profissionalismo da Praia Ambiente, após esta ter sido informada de todos os procedimentos realizados”, destacou.
“Na minha perspetiva, não há nada que justifique a ação do LNEC relativamente a esta situação. Por isso, vamos, através da Praia Ambiente, forçar pela via judicial o LNEC a fazer um reparo no que concerne ao juízo de valor emitido. É fundamental que a verdade seja reposta, assumindo que a saúde dos munícipes é a nossa principal prioridade”, ressalvou.
“Mas, que fiquem claras duas situações: não existe qualquer perigo para o consumo de água no Concelho, tal como o próprio relatório indica. E não pomos em causa a competência técnica do LNEC. Agora, não podemos aceitar que se faça um juízo de valor desta gravidade, sem ter em conta a verdade dos factos. Porque, assim, também podemos nós fazer juízos de valor sobre as intenções do LNEC nesta situação”, frisou o presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória.
Gabinete de Comunicação.
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