O presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória reafirma que a exigência que fez ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) no relatório que emitiu sobre o abastecimento de água no Concelho “não comporta qualquer cunho político ou de outra índole, apenas a reposição da verdade”.
Intervindo na Assembleia Municipal, que reuniu em sessão ordinária na última sexta-feira, 12, Roberto Monteiro explicou a posição do Município tornada pública, refutando comentários publicados na Imprensa regional sobre esta matéria.
“Em entrevista, o professor Félix Rodrigues, apresentado como especialista em várias áreas, tece um conjunto de considerações que em nada espelham aquilo que eu disse, produzindo uma leitura que é da sua responsabilidade, mas que é fundamental desviar da posição do Município, para se evitarem confusões ou ruído sobre uma matéria que exige seriedade e responsabilidade”, explicou.
“Para que não persistam quaisquer dúvidas: a posição assumida publicamente pela Autarquia prende-se, exclusivamente, com uma única frase que o LNEC inclui no seu relatório que não corresponde à verdade e que produz um comentário leviano sobre uma matéria muito sensível. É lá dito, como já referi, que, perante um resultado anormal, a Praia Ambiente nada fez. Isso é totalmente falso”, sublinhou o autarca.
“Volto a explicar: perante esse resultado, e com aconselhamento de especialistas em recursos hídricos, foram realizadas novas análises, ficando comprovado que o valor inicial decorria de um erro de laboratório. O Município, através da Praia Ambiente, alertou todas as entidades envolvidas nesta matéria, assumiu os custos das novas análises, realizando-as no mesmo laboratório usado pelo próprio LNEC, e tudo fez para esclarecer esta situação, porque falamos de água para consumo público, sendo uma matéria de enorme sensibilidade e com a qual não brincamos em momento algum”, enfatizou.
Segundo o autarca praiense, quando foi emitida a versão preliminar do relatório do LNEC, foi solicitada a correção da frase.
“Quando tivemos acesso à versão final, a frase continuava lá. Logo, tivemos de tomar esta posição. Portanto, não há aqui nada de político ou o que quer que seja. Não emiti qualquer juízo de valor quanto à competência técnica do LNEC, o que seria absurdo porque não tenho conhecimentos técnicos para tal e porque fui eu quem sugeriu que a instituição fosse envolvida neste processo. Mas, em consciência, não posso permitir que, de forma leviana, exista uma frase no relatório que não corresponde à verdade, sabendo o LNEC disso, até porque utiliza os resultados das análises solicitadas pelo Município para confirmar que não existe qualquer problema na água para consumo distribuída na Praia da Vitória”, adiantou Roberto Monteiro.
“Portanto, em resumo, quem é especialista em tantas coisas, deve também ser especialista na verdade dos factos. Todas as considerações tecidas para lá do que foi assumido pelo Município são da responsabilidade de quem as emite, mas é importante distinguir a verdade dos factos de opiniões, isentas ou não”, finalizou.
“Este é um assunto com um impacto muito importante na vida das famílias que habitam o Concelho e nós não aceitamos que se brinque com algo tão sério. Temos pautado a nossa atuação pela responsabilidade e seriedade e tudo faremos para que não se crie ruído à volta deste assunto”, frisou o autarca praiense.
Na sequência da discussão em torno desta matéria, foi aprovada, por unanimidade, uma proposta apresentada pela bancada municipal do PS e subscrita por todos os partidos com assento na Assembleia Municipal que delega na comissão permanente desta entidade a organização de um conjunto de visitas aos locais onde decorrem trabalhos de descontaminação, assim como a audiência às várias entidades envolvidas no processo.
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