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Sociedade
Apresentação das IX Jornadas Agrícolas da Praia da Vitória, “A valorização e comercialização da produção agrícola é fulcral para a sustentabilidade do setor na Região”, afirma Roberto Monteiro
03 março 2016

O presidente do Município da Praia da Vitória acredita que a aposta na comercialização dos produtos agrícolas e a valorização dos mesmos contribui significativamente para uma agricultura mais sustentável. Roberto Monteiro intervinha no âmbito da conferência de imprensa de apresentação da 9ª edição das Jornadas Agrícolas, que decorreu na manhã de quarta-feira, 02, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

Segundo o autarca praiense, “tendo em conta que a agricultura constitui um dos principais pilares de desenvolvimento económico da nossa ilha e Região, devemos traçar estratégias que impulsionem este setor, aumentando a comercialização dos nossos produtos e acrescentando-lhes valor a fim de podermos competir no mercado mundial”.

“Como todos sabemos, e até pelas más notícias dos últimos dias, o grande problema da agricultura na ilha Terceira reside na área da indústria e comercialização dos produtos que têm como matéria-prima o leite. Deste modo, urge encontrar soluções estruturais para fazer face a esta questão, através da articulação entre entidades públicas e associativas”, destacou.

“A redução do preço do leite pago ao produtor anunciada pela UNICOL é mais uma machadada neste setor. Numa opinião muito pessoal, há aqui uma atitude quase de parasita social por parte da indústria: recolhem os benefícios dos investimentos e da qualidade desenvolvidas pelos produtores ao longo dos últimos anos, mas descarregam sobre eles os maus resultados, sem que se vislumbre qualquer esforço por parte da indústria na ilha em inovar, em encontrar novos mercados em valorizar a nossa produção. E digo social, porque estas descidas no preço não afetam apenas os agricultores. Têm um efeito imediato na economia da ilha, nas empresas e nos serviços associados e ligados à lavoura e no consumo interno. É mais do que urgente uma alteração clara e objetiva deste paradigma. Pretendíamos debater estas questões nas jornadas, mas, mais uma vez, a indústria local no setor do leite mostrou-se indisponível em participar. É importante realçar isto para não pensarem que não houve intenção ou vontade da organização em debater estas questões com a UNICOL ou a Pronicol”, explicou Roberto Monteiro.

“Este é um problema de muito difícil resolução, por isso apelo à união de todos na consolidação de ideias que contribuam para acrescentarmos valor aos nossos produtos, no sentido de conseguirmos uma melhor agricultura”, salientou.

“Considero que, com a concretização destas jornadas poderemos refletir acerca dos problemas existentes na fileira do leite e desenvolver ideias que rentabilizem as restantes vertentes agrícolas, que se encontram em ascensão, nomeadamente a horticultura, fruticultura e floricultura”, concluiu.

Para Fátima Amorim, diretora regional do Desenvolvimento Rural, “é fundamental falarmos sobre aspetos técnicos que visem o aumento da rentabilidade das explorações agrícolas. Neste sentido, a secretaria regional encontra-se a desenvolver medidas e a proceder a alterações nos programas comunitários, indo de encontro à atual realidade do setor.”

“Um dos grandes problemas que verificamos diariamente consiste na falta de planeamento das produções. Como tal, gostaria de alertar os agricultores para a importância de organizar a sua produção de forma a abastecer o mercado durante grande parte do ano”, disse.

Por seu turno, José António Azevedo, presidente da Associação Agrícola da Ilha Terceira (AAIT), referiu a questão das diminuições de preço e limites de produção impostos no setor leiteiro, evidenciando que irão entrar menos 12 milhões de euros na economia da ilha este ano.

“Trata-se de um problema social, que não afeta só os agricultores, mas também as empresas de venda de produtos agropecuários e a população em geral, considerando que a agricultura representa grande parte da nossa economia”, sublinhou.

O presidente da Associação de Jovens Agricultores da Ilha Terceira, Anselmo Pires, considera que a realização desta iniciativa contribuirá significativamente para a reavaliação da agricultura na Região.

“Tendo em conta as más notícias que temos recebido ultimamente, é necessário reestruturar as explorações agrícolas, repensando a nossa agricultura e definindo objetivos que nos ajudem a ultrapassar esta crise que vivemos”, frisou.

A 9ª edição das Jornadas Agrícolas decorre entre os dias 04 e 06, na Sociedade União Musical das Fontinhas.

Miguel Garcia, representante da Bioazórica, referiu a grande evolução verificada na agricultura biológica, destacando a participação de Vitor Gomes, proprietário da Biofrade, a maior empresa deste ramo em Portugal, sediada na zona da Lourinhã.

“Acredito que a presença deste empresário é uma mais-valia para estas jornadas, pela sua vasta experiência nas vertentes de importação e exportação. Espero que o conhecimento deste convidado possa auxiliar todos aqueles que se interessam pela agricultura biológica na criação de medidas que dinamizem as suas explorações”, referiu.

Programa das IX Jornadas Agrícolas

Para o primeiro dia, está marcada a entrega de documentação às 19h00, seguindo-se da sessão de abertura, pelas 19h30, que contará com a presença de Bruno Ávila, presidente da Junta de Freguesia das Fontinhas; Mónica Oliveira, presidente da Bio Azórica; José António Azevedo, presidente da AAIT; Roberto Monteiro, presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória; e Luís Neto Viveiros, secretário regional da Agricultura e Ambiente.

Pelas 20h00, João Fagundes da Silva apresentará algumas medidas para melhorar a fertilidade em bovinos. Meia hora depois, Carlos Matos falará sobre o melhoramento da reprodução através da nutrição. Às 21h00, terá lugar um debate.

No sábado, dia 05, às 18h30, decorre a intervenção de Ana Fernandes acerca dos dados de mercado do leite, seguindo-se das apresentações de Eduardo Vasconcelos e Vitor Gomes, pelas 19h00 e 19h30, respetivamente, subordinadas à temática da indústria e comercialização. Pelas 20h00, Jorge Rita dissertará acerca da reestruturação do setor agrícola, estando agendado um debate para as 20h30.

A 06, domingo, terá lugar a intervenção de António Chaveiro, com o tema “Diagnósticos de gestação na gestão reprodutiva do rebanho leiteiro”, pelas 19h00, seguindo-se da sessão de encerramento, marcada para as 19h30, na qual participam Fernando Sieuve Menezes, presidente da Fruter; Anselmo Pires, presidente da AJAT; Paula Ramos, vice-presidente do Município da Praia da Vitória; e Fátima Amorim, diretora regional do Desenvolvimento Rural.

Gabinete de Comunicação. 

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