“Uma infraestrutura comunitária estruturante para a freguesia de Santa Cruz e de enorme relevância para o Concelho da Praia da Vitória”. Foi desta forma que o presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória classifica a Capela Mortuária de Santa Cruz e Crematório da Ilha Terceira, cuja primeira pedra foi lançada quarta-feira, 27, no terreno anexo ao cemitério municipal.

Para Roberto Monteiro, o início da obra concretiza a resposta a um anseio de anos da população praiense, reforçando-o com uma valência que introduz uma alternativa que, por sua vez, responde a uma mudança de mentalidade.

“Esta não é uma obra com grande visibilidade como uma marginal, mas é, sem dúvida, uma infraestrutura com grande impacto comunitário na freguesia de Santa Cruz e com relevância no Concelho da Praia e na Ilha Terceira”, sublinhou o autarca praiense, na cerimónia.

“Com esta infraestrutura, e tendo em conta o começo da construção da casa mortuária no Porto Martins, concluímos o nosso compromisso de dotar as nossas freguesias das infraestruturas comunitárias necessárias. A Capela Mortuária de Santa Cruz é um desejo há muito da sua população, dotando a freguesia de uma valência nova, capaz de corresponder à necessidade das famílias num momento doloroso, mas que é inevitável”, frisou.

“É importante, neste momento, que se perceba a razão da obra só agora começar. O regime de apoios a este tipo de infraestruturas não respondia ao projeto necessário para Santa Cruz, a maior freguesia do Concelho e que, por isso, tem de base pressupostos e dimensões diferentes das restantes freguesias. Foi necessário rever o projeto diversas vezes e conseguir uma solução que se aproximasse dos apoios existentes e das disponibilidades do Governo Regional e da Câmara Municipal”, explicou o autarca.

“Em paralelo, porque é uma valência que tem vindo a ser sinalizada como necessária, quer por via de uma mudança de mentalidade quer por via da capacidade do cemitério municipal, decidimos dotar esta infraestrutura com um crematório, acreditando tratar-se de uma solução que permite alternativas e responde a uma necessidade”, sublinhou.

“Neste processo, destaco positivamente o empenho das agências funerárias, com quem reunimos, para percebermos, junto de quem sabe, qual ou quais as melhores soluções”, adiantou Roberto Monteiro.

Segundo o edil, a concretização desta obra passará por duas fases distintas, sendo a primeira referente à construção do edifício, orçamentada em 150 mil euros, e a segunda dirigida à aquisição de todos os equipamentos necessários ao funcionamento do espaço, avaliada em mais de 200 mil euros.

“Acreditamos que a infraestrutura entrará em funcionamento, na pior das hipóteses, no primeiro trimestre de 2017”, referiu.

Carlos Armando, presidente da Junta de Freguesia local, efetuou uma descrição dos espaços que constituem o edifício, reforçando a existência de três zonas centrais, nomeadamente a zona de permanência, que inclui a capela e a morgue; a zona de serviço, constituída pela sala de tanatopraxia (preparação do cadáver) e pelo crematório; e o espaço de descanso, dirigido aos familiares.

“Este é um projeto há muito reivindicado pela comunidade de Santa Cruz, pois vem servir um terço da população local e da ilha, no sentido de proporcionar diferentes oportunidades e valorizar as nossas necessidades”, destacou.

Para Andreia Cardoso, representante do Governo Regional dos Açores, “os equipamentos coletivos resultam das necessidades de uma determinada comunidade. Neste caso, seria impensável continuar a expansão indefinida dos cemitérios”.

“O investimento aqui apresentado é algo ao qual podemos dar execução, cumprir com as nossas responsabilidades e atender às necessidades dos cidadãos. Quero, por isso, saudar a Câmara Municipal da Praia da Vitória e a Junta de Freguesia de Santa Cruz pela sensibilidade que demonstraram na valorização deste projeto”, referiu.

Esta obra resulta de uma parceria entre o Município da Praia da Vitória, a Junta de Freguesia de Santa Cruz e o Governo Regional dos Açores.

Gabinete de Comunicação.