A crise económica, transversal a todos os setores da Região, exige novas soluções para ultrapassar os desafios do século XXI. Os problemas que advêm desta situação têm de envolver todas as entidades na persecução de medidas que contribuam para a evolução estratégica das áreas comercial, agrícola, industrial e dos serviços. A ideia foi transmitida por Roberto Monteiro, Presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, na inauguração da Feira da Agroter, que decorreu na quinta-feira, 09, na tenda junto à marina da Cidade.
“O problema de um setor deve envolver todas as entidades. É fundamental trilharmos um caminho assente na união de esforços entre os dirigentes associativos e as autarquias. Só assim poderemos defender os produtores, os comerciantes e os industriais, contribuindo para o crescimento da economia da nossa terra”, referiu o edil praiense.
“Cada um de nós deve dar o melhor que tem e promover o entendimento entre as partes envolvidas, no sentido de fortalecer uma posição de defesa dos interesses desta ilha. Acredito que devemos trabalhar com união, alma e visão, a fim de assegurarmos um futuro sustentável para as novas gerações”, acrescentou.
“Temos de nos unir para ultrapassarmos os problemas vigentes nos setores de atividade, que são impeditivos do desenvolvimento local. Como tal, devemos ter a capacidade de trabalhar em conjunto, a uma só voz, em prol do bem comum”, disse.
“Gostaria ainda de dar os meus parabéns a todos os que se dedicaram à realização desta feira, pois com esforço e dedicação tiveram de pensar ao pormenor na organização de cada espaço que constitui este certame”, concluiu.
Segundo o presidente da Associação Agrícola da Ilha Terceira (AAIT), José António Azevedo, “este evento vem dar alento aos produtores de leite que passam por uma crise económica profunda e, por sua vez, alavancar o tecido empresarial terceirense”.
“Considerando a situação económica atual, devemos ser solidários uns com os outros e apostar no consumo de produtos regionais; inovar na forma de transformar os nossos produtos, indo de encontro às exigências do consumidor; e depender cada vez menos do mercado nacional, através da aposta na exportação para os novos países”, destacou.
Sandro Paim, presidente da Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo, CCAH, parabenizou o Governo Regional dos Açores pelo trabalho desenvolvido nos últimos meses, nomeadamente na vertente do turismo, através da criação de três voos charters para a ilha Terceira; da potenciação do hub atlântico, um projeto estratégico e estruturante para a Região e para o País; do lançamento da empreitada para a construção de um espaço que reforce as condições desta feira; e da criação do novo matadouro na ilha Graciosa.
Entre os pontos positivos referidos, o representante da CCAH mencionou também as medidas ainda por realizar, integradas no Plano de Revitalização Económica da Ilha Terceira (PREIT).
“Muito foi feito, mas ainda temos um longo caminho pela frente. Não posso deixar de apelar ao Governo Regional dos Açores para resolver a questão dos transportes marítimos ao nível das ligações diretas e transporte de mercadorias, que está muito aquém do esperado para a evolução da economia local. As taxas dos portos, aeroportos e acessibilidades são prejudiciais à competitividade da ilha Terceira”, explicou.
Luís Neto Viveiros, Secretário Regional da Agricultura e Ambiente, reconheceu o esforço e dedicação realizados pelos organizadores da feira, designadamente a AAIT, a CMPV e a CCAH, pois conseguiu no mesmo espaço reunir um conjunto de atividades fundamentais ao progresso económico, o que muito dignifica os diferentes setores de atividade.
“A agricultura afirma-se como um dos motores geradores de riqueza, emprego e bens para exportação, demonstrando a qualidade do trabalho desenvolvido por todos os intervenientes no setor. Para além da agricultura, mantemos o reforço em áreas como o comércio, os serviços, a gastronomia e o turismo”, referiu.
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