Os responsáveis pelo Serviço Regional de Proteção Civil dos Açores e pelos Serviços Municipais de Proteção Civil da Praia da Vitória e de Lisboa reuniram-se, no dia de ontem, quarta-feira, 03, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, com o intuito de valorizar o trabalho desenvolvido ao nível da proteção civil. O encontro, que culminou com o reforço de cooperação entre estas entidades, visa responder de forma mais eficiente às situações de emergência, sensibilizando a comunidade para a importância da prevenção.
“Ao longo dos últimos dois anos, o Serviço Municipal de Proteção Civil da Praia da Vitória (SMPCPV) tem vindo a pôr em prática um plano de atividades, que inclui uma série de intervenções relevantes para reforçar a segurança de todos os praienses. Desde logo, reforçámos a nossa parceria com a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários local, considerando que esta é a primeira entidade a intervir em caso de acidente grave ou catástrofe”, referiu Osório Silva, vereador com competência na área da proteção civil.
“No passado mês de junho, tivemos a oportunidade de visitar o Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa, o mais antigo do país e, consequentemente, o mais experiente no apoio a situações de risco. Acredito que temos muito a aprender com esta organização e que esta parceria reforçará certamente a nossa proximidade com os munícipes”, realçou.
“É importante referir a nossa aposta na consciencialização e formação da população a fim de dotá-la com as competências adequadas aquando da ocorrência de uma emergência. Deste modo, temos realizado diversos simulacros e ações de sensibilização junto da rede escolar e da comunidade em geral. Até novembro, encontram-se a ser realizadas visitas aos centros de convívio a fim de prepararmos a população idosa para uma possível situação de perigo na sua própria habitação”, evidenciou.
O responsável pelo SMPCPV mencionou a importância do Plano Municipal de Emergência do Concelho e do Plano de Emergência do Parque de Combustíveis da Praia da Vitória, desenvolvidos por este serviço.
“São instrumentos de extrema importância para o aumento da segurança e bem-estar dos praienses. Apesar de serem muito técnicos, possuem também uma componente prática e operacional. Pretendemos concretizar simulacros para conseguirmos testar a operacionalidade destes documentos e a articulação de todos os elementos que constituem o nosso serviço”, disse.
“Além dos planos referidos, será apresentada, no mês de outubro, um site, que permitirá aos munícipes terem conhecimento da localização de todas as bocas de incêndio do Concelho, bem como de informações relacionadas com a meteorologia e das competências do SMPCPV, para que possam compreender melhor as nossas funções”, destacou.
Segundo Carlos Castro, responsável pelo Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa, “tendo em conta que tanto a cidade de Lisboa, como o arquipélago dos Açores possuem um elevado nível de sismicidade, considero esta parceria uma mais-valia para ambas as partes. Destaco o sismo ocorrido em Lisboa no ano de 1755, que quase levou à destruição completa da cidade, e o terramoto de 1980, que assolou a cidade de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.”
“Começaremos por apostar na consciencialização da comunidade para a necessidade da adoção de medidas de autoproteção. Considero que este é o primeiro passo para o sucesso da proteção civil nos Açores e em qualquer parte do mundo, pois a envolvência da população é extremamente importante”, salientou.
“Pretendemos desenvolver mais projetos também com outros municípios, pois acredito que quanto mais partilharmos, mais beneficiamos todos. Temos de ter uma visão conjunta do país e unir esforços em prol da promoção da qualidade de vida da nossa população”, enfatizou.
Luís Vasco Cunha, presidente da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Praia da Vitória, defende que “esta colaboração é muito benéfica para a proteção civil local, pois permite avaliar o que está bem e mal, no sentido de podermos melhorar a nossa atividade. A realidade do Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa é muito mais abrangente, por isso temos muito a aprender com esta entidade.”
“Nos últimos anos, temos visitado diversos quartéis do país e estabelecido sinergias com os mesmos, como é o caso dos bombeiros de Mação, Sardoal e Proença. Também somos visitados por várias associações de bombeiros, o que nos enriquece enquanto profissionais, pela partilha de experiências que efetuamos”, aludiu.
Após o encontro, decorreu ainda uma visita às instalações da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Praia da Vitória.
Gabinete de Comunicação.
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