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Sociedade
Na conferência de imprensa do 176º aniversário do sismo de 1841, “Adotar uma postura preventiva é fulcral para minimizar os impactos destas catástrofes naturais”, afirma Osório Silva
14 junho 2017

O vereador com competência na área da proteção civil acredita que a atenuação dos efeitos de uma catástrofe natural passa pela adoção de comportamentos preventivos, que contribuam para assegurar a integridade de todos os envolvidos. Osório Silva, que intervinha no âmbito da conferência de imprensa alusiva ao 176º aniversário do sismo de 1841 (vulgarmente conhecido como Segunda Caída da Praia), realizada na manhã de quarta-feira, 14, no Jardim Municipal Silvestre Ribeiro, defende que a contínua sensibilização da comunidade para a importância da prevenção é imprescindível para reduzir as consequências de um desastre natural.

“Assinalamos hoje o 176º aniversário do sismo que assolou a Praia da Vitória no dia 15 de junho de 1841, homenageando aquele que desempenhou um papel preponderante na reconstrução do nosso Concelho, José Silvestre Ribeiro. Ao falarmos de um acontecimento tão marcante na história da Praia, não poderíamos deixar de mencionar o relevante papel dos agentes de proteção civil na redução dos efeitos de uma catástrofe natural, como o sismo que referi”, realçou o autarca.

“Nos últimos quatro anos, o Município tem consolidado a sua estratégia na área da proteção civil, apostando fortemente na consciencialização da população para a prevenção. Nunca sabemos quando é que uma catástrofe natural poderá ocorrer, mas se estivermos bem preparados e soubermos como agir numa situação como essa, será mais fácil minimizar os danos, reforçando a nossa segurança e a daqueles que nos rodeiam”, sublinhou.

“Todos os agentes de proteção civil desempenham funções importantes em caso de emergência, desde os bombeiros, que são os primeiros a intervir, até à sociedade civil, que deve estar bem informada sobre os comportamentos a adotar. Neste sentido, temos vindo a desenvolver um conjunto de ações com o intuito de aumentar a capacidade de resposta de todos os intervenientes, das quais destaco os simulacros e as ações de sensibilização junto das crianças e idosos, os públicos mais vulneráveis”, explicou.

“Gostaria de referir também a homologação dos planos locais de emergência em todas as freguesias, que contribui significativamente para uma maior segurança de toda a comunidade praiense”, disse.

“Outro marco importante na história da proteção civil no nosso Concelho foi a abertura do gabinete do Serviço Municipal de Proteção Civil da Praia da Vitória, localizado na Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários local, com quem temos mantido uma estreita cooperação na criação de estratégias de prevenção”, acrescentou.

“Iremos manter a nossa aposta nesta área, revendo periodicamente os planos de emergência em vigor, a fim de melhorarmos estes instrumentos. Efetuámos também uma candidatura do PO Açores 2020 para obter mais recursos, permitindo-nos aperfeiçoar o nosso trabalho”, referenciou.

“Para terminar, não poderia deixar de agradecer à Associação dos Radioamadores da Praia da Vitória, que tem demonstrado uma enorme prontidão em auxiliar o nosso Serviço em caso de necessidade, bem como aos colaboradores do Município que, ao longo destes quatro anos, se têm empenhado na concretização de iniciativas que visem a valorização da proteção civil no nosso Concelho”, concluiu.

Maria João Vieira, Secretária do Instituto Açoriano de Cultura, realizou um enquadramento histórico do sismo de 1841, realçando o auxílio prestado pela Comissão de Socorros, organizada por José Silvestre Ribeiro, às populações do Ramo Grande e das zonas circundantes, e traçando o retrato desta ilustre figura do liberalismo português, cujo nome foi atribuído ao jardim e à biblioteca municipais da Praia da Vitória.

João Nunes, professor de Geologia na Universidade dos Açores, explicou, do ponto de vista científico, o sismo de 1841, apresentando um levantamento de todos os sismos destrutivos ocorridos nos Açores.

Gabinete de Comunicação.

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