O Presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, Tibério Dinis, esteve, sábado à noite, na freguesia da Agualva, onde participou na sessão de inauguração das obras de recuperação do Moinho de Água da Rua do Saco, “um investimento importante para a rede de espaços turísticos a criar em todo o Concelho”.
Numa noite de festa para a freguesia, a população saiu à rua para assistir a este ato de reabertura ao público em geral de um dos moinhos mais importantes da história da freguesia, na sequência da doação à Junta de Freguesia, em 2010, deste património então em ruínas. Em 2016, iniciou-se o processo de reconstrução da infraestrutura, num esforço de promoção e recuperação da história da freguesia.
O investimento, na ordem dos 70 mil euros, foi candidatado à GRATER (Associação de Desenvolvimento Local das ilhas Graciosa e Terceira), que aprovou o seu financiamento, e apoiado pela Câmara Municipal da Praia na componente não elegível do apoio, isto é, ao nível dos encargos com o IVA da obra.
Para Tibério Dinis “trata-se de um investimento importante para a rede de espaços turísticos a criar em todo o Concelho e a juntar já aos existentes”, frisando que “estes moinhos da Agualva, além de um atrativo turístico local, são uma forma de transmitir também às novas gerações de agualvenses a história da freguesia e a importância que ela teve no abastecimento de vários produtos à ilha, nomeadamente ao nível do milho e do trigo”.
Moinho recuperado, inaugurado e colocado ao serviço do Concelho como núcleo museológico associado ao passado rural da freguesia, mas, adverte o Presidente do Município, “o trabalho não se esgota hoje e aqui com a sua inauguração”. Tibério Dinis salienta a necessidade “de se desenvolver agora o trabalho de inclusão deste investimento nos circuitos operados pelos guiais turísticos da ilha, porque fazer a obra e ela não ser devidamente conhecida no âmbito dos circuitos dos promotores turísticos não é suficiente”.
Com pouco se faz muito
A Vice-presidente da GRATER, Fátima Amorim, enalteceu, por seu lado, a concretização dos objetivos da Associação de Desenvolvimento Local com a inauguração desta obra: “Um dos nossos objetivos é a recuperação do património e da história das nossas freguesias, contribuindo para o seu desenvolvimento, para a fixação de pessoas e para a criação de novos postos de trabalho. Este projeto financiado pela GRATER cumpre todos esses objetivos”.
Fátima Amorim, lembrando que este projeto de recuperação de um dos mais importantes moinhos de água da Agualva rondou apenas os 70 mil euros, frisou que “a recuperação da nossa história e do nosso património edificado não custa assim tanto”, e que “se tem feito muito, com pouco dinheiro”.
Por fim, a responsável pela GRATER anunciou aos presentes que a associação “foi selecionada, em dezembro do ano passado, pela Direção Geral das Pescas, como entidade GAL-Pescas”, o que significa que, “a breve trecho”, esta organização de apoio ao desenvolvimento das ilhas Terceira e Graciosa vai ter “um conjunto de apoios para projetos no âmbito do setor das pescas, tais como recuperação de património, formação dos pescadores, ou atividades ligadas à indústria e transformação dos produtos da pesca”.
Fátima Amorim alertou, por isso, para o facto de “existirem várias freguesias na ilha Terceira que podem ser elegíveis para estes novos apoios”, apelando “à população da ilha que passe pela sede GRATER, na Praia da Vitória, para conhecer os novos mecanismos de apoio e avance com candidaturas”.
Na cerimónia oficial de inauguração dos Moinhos de Água da Rua do Saco contou, ainda, com a intervenção do Presidente de Junta de Freguesia da Agualva, Hélio Rocha e do Diretor Regional da Organização e Administração Pública, Victor Santos, em representação do Presidente do Governo dos Açores.
Gabinete de Comunicação.
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