A Câmara Municipal da Praia da Vitória colaborou, mais uma vez, na edição da revista do Instituto Açoriano de Cultura “Atlântida - Revista de Cultura”, tendo o número 63 desta publicação sido apresentado e lançado, no passado sábado, no salão nobre dos Paços do Concelho praiense.
Carlos Armando Costa, Vice-presidente da Autarquia, congratulou-se “com a qualidade desta edição”, salientando que, para a Praia da Vitória “é um enorme prazer associar-se a esta publicação”, até porque “é muito importante a Praia da Vitória ser colaboradora deste tipo de iniciativas”.
A edição 63 da “Atlântida – Revista de Cultura” é dedicada às nuvens, sendo, por isso, de destacar um artigo do professor da Universidade dos Açores, Eduardo Brito de Azevedo, sobre a problemática das nuvens e das alterações climáticas.
Como habitualmente, a revista do Instituto Açoriano de Cultura inclui colaboração diversa, agrupada nas secções “Estudos e Criação Artística”, “Estudos e Criação Literária”, “Ciências Humanas”, “Outros Saberes” e, conta também, com o último dossier “Asas Sobre o Atlântico”, dedicado a Santa Maria e à história da aviação nos Açores.
Com capa e separadores de António Araújo, esta edição contém ainda trabalhos de Carlos Fiolhais, Eva Albuquerque e Pedro Maia, uma apreciação sobre a obra cinematográfica e literária de António Macedo (por José Vieira Mendes), um relevante dossier dedicado à poesia cabo-verdiana do século XXI (coordenado por poeta cabo-verdiano residente na ilha Terceira, António de Névada), poesia da ilha das Canárias e análises sobre as obras de Fernando Pessoa (por Fernando Cabral Martins), Vitorino Nemésio (por Cláudia Cardoso) e Clarice Lispector (por Carlos Mendes de Sousa).
Sobre Pessoa e Nemésio, respetivamente, uma atenção às ligações familiares da família de Pessoa à ilha Terceira (de onde a família da mãe era natural) e sobre a Praia da Vitória e a “Festa Redonda” de Vitorino Nemésio.
Avelino Freitas de Meneses e Hélio Soares também escrevem nesta edição da revista, focando a sua atenção histórica sobre a ilha do Corvo e a história dos transportes para a mais pequena ilha do arquipélago.
Manuel Meneses Martins aborda os primórdios da aviação no campo da Achada (Terceira) e António Lopes e outros autores (dos quais se destacam um grupo de arqueólogos) dedicam-se à história da maçonaria nos Açores e na ilha Terceira, em particular. Aliás, sobre esta matéria, Carlos Bessa, Presidente do Instituto Açoriano e Cultura, sublinhou a importância histórica da maçonaria nos Açores falando “um pouco sobre esta nobre instituição, cuja presença nos Açores foi tão importante, recordando-se os primórdios do poder autárquico democrático, na altura do liberalismo, no século XIX, com Teotónio de Ornelas em Angra do Heroísmo ou a presença da Sociedade Amor da Pátria, no Faial”. A importância da matéria, diga-se, fez deslocar à ilha Terceira, para a sessão de apresentação da revista, o autor de um dos artigos principais sobre maçonaria, António Lopes (reconhecido historiador e ex-diretor do Museu Maçónico do Grande Oriente Lusitano), que proferiu uma palestra sobre a temática.
Nota ainda para outros conteúdos: Carlos Riley e Isabel Albergaria refletem sobre “Turismo e Identidade”; José Guilherme Reis Leite sobre “Autonomia e Ensino”; Assunção Melo sobre a “Sociedade Filarmónica do Sagrado Coração de Jesus”.
O dossier “Asas sobre o Atlântico” aborda a aviação internacional, com vários trabalhos sobre a ilha de Santa Maria, num trabalho coordenado por Carlos Riley e António Monteiro, da associação LPAZ.
A revista conta com design de Angelina Caixeiro e José Augusto Guerra e está agora à venda, por vinte euros.
Gabinete de Comunicação.
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