O Presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, Tibério Dinis, destacou, na passada sexta-feira à noite, que, “fruto das circunstâncias atuais”, a realização do Outono Vivo 2020 e da XV edição da Feira do Livro “são um marco importante da Praia da Vitória”, por se tratarem “do maior evento cultural realizado, este ano, na Região”.
Discursando na sessão de abertura do Outono Vivo 2020 e da XV Feira do Livro, Tibério Dinis reconheceu “o esforço” de todos os envolvidos – desde os colaboradores da organização, até aos artistas, autores e parceiros do evento – realçando “a trajetória de crescimento” do certame, “a grande notoriedade regional e nacional que já alcançou” e manifestando a esperança de que, no futuro, “sejam dadas asas aos sonhos de fazer crescer o Outono Vivo para uma dimensão maior do que a que já tem”.
“Na circunstância atual este será, de longe, o maior evento cultural realizado na Região Autónoma dos Açores este ano, o que não deixa de ser um marco importante da Praia da Vitória, na senda do esforço de desconfinamento com confiança, que temos vindo a desenvolver nas áreas culturais, desportivas e sociais”, afirmou.
“Esta é uma festa do livro, uma festa da cultura e é também um festival literário cada vez mais sólido. Temos feito um esforço para nos afirmarmos como festival literário através da vinda de vários autores e escritores nacionais. Este ano não é possível. Mas não é por isso que, este ano, a programação do Outono Vivo está limitada. Este ano é o ano maior da riqueza cultural da nossa Região”, salientou o edil.
Realçando que não é por causa da pandemia que os artistas, autores e editoras açorianos terão maior destaque no Outono Vivo – até porque, evidenciou, “sempre os nossos artistas, autores e editoras tiverem aqui um enorme espaço” – Tibério Dinis, agradeceu a todos aqueles que perante um ano particularmente difícil, sempre manifestaram “um enorme respeito pela cultura, sempre fizeram um enorme esforço e uma enorme dedicação para darem o seu melhor e para poderem apresentar os vossos trabalhos neste Outono Vivo”.
Ora, acrescentou, “isto só é possível pela riqueza cultural que temos na ilha Terceira e nos Açores. Isto também prova que, no cenário atual, os nossos artistas arregaçam mangas, mostrando que a cultura não pode estar parada, porque acreditam que é preciso desconfinar com segurança e confiança, adaptando-se às realidades do quotidiano”.
Internacionalização adiada pela pandemia
O Presidente do Município lembrou ainda que, no final do Outono Vivo do ano passado, tinha-se comprometido “com uma internacionalização” do evento para este ano, facto que teve que ser adiado devido à situação vigente de pandemia.
“Tínhamos tido uma grande presença de artistas, autores e editoras nacionais e nós tínhamos o objetivo de, este ano, apostar na lusofonia e na literatura escrita em língua portuguesa da nossa diáspora. Infelizmente não foi possível darmos este passo. Este é um passo que fica para o futuro”, assumiu.
Tibério Dinis, numa cerimónia diferente da habitual, por força da necessidade de cumprimentos de todas as recomendações de saúde pública, deixou ainda vários agradecimentos. Desde logo, ao Vice-presidente da Autarquia, Carlos Armando Costa (com o pelouro da Cultura) e a todos os colaboradores da Cooperativa Praia Cultural, “pelo extraordinário esforço que desenvolveram para a concretização desta edição do Outono Vivo”.
Depois, “um agradecimento especial à Papelaria 96 – que pelo oitavo ano consecutivo é parceiro comercial do Outono Vivo, promovendo a Feira do Livro –, pois se para a Câmara Municipal e para a Cooperativa Praia Cultural foi um esforço acrescido, não tenho dúvidas que, para uma empresa local, como a Papelaria 96, que teve a porta fechada durante algumas semanas, por causa da pandemia, foi um grande esforço preparar toda esta edição e todo o investimento em pessoal e nos livros aqui à disposição de todos. Este esforço só mostra que é uma empresa sólida, com credibilidade e que está apostada no futuro. Dá um sinal, num momento difícil, de que não deixa de investir e apostar na qualidade cultural do Outono Vivo”.
Outra palavra para agradecer “a todos os autores, artistas e editoras regionais que estão a colaborar com a organização do evento e que se preparam, num ano particularmente difícil, para aqui virem apresentar os seus trabalhos”.
Na cerimónia oficial de abertura do Outono Vivo 2020 esteve presente o Secretário Regional da Educação e Cultura, Avelino Meneses, a quem também o Presidente do Município agradeceu, pela forma “sempre cordial e correcta com que lidou com a Câmara Municipal da Praia da Vitória e pela forma como sempre desenvolveu a sua atividade para com o Concelho, destacando-se as soluções encontradas para o início das tão necessárias obras de remodelação e beneficiação da Escola Secundária Vitorino Nemésio e por ter sido nos seus mandatos que o Governo Regional, reconhecendo a qualidade, credibilidade e notoriedade do Outono Vivo, passou a apoiar financeiramente esta organização”.
Até 8 de novembro cumprindo todas as normas de saúde pública
A edição 2020 do Outono Vivo e da XV Feira do Livro decorrerão até 8 de novembro, na Academia de Juventude e das Artes da Ilha Terceira, no Auditório do Ramo Grande e no Jardim Municipal Silvestre Ribeiro, cumprindo com todas as normas de segurança definidas pelas autoridades de saúde.
A Feira do Livro mantém os 50 mil livros, com chancelas de mais de 60 editoras e 22 mil títulos, enquanto a diversidade de eventos culturais dará enfoque a espetáculos de teatro, concertos, cinema, conferências, debates, exposições de arte, recitais de poesia e apresentações de livros.
Uma das recomendações das autoridades de saúde foi a não distribuição de programas em papel, pelo que a organização tem o programa disponível no site do Município (em http://www.cmpv.pt/download/outonovivo2020.pdf) e através da leitura de código QR Code impresso nos cartazes promocionais do evento.
Gabinete de Comunicação.
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