As soluções que venham a ser encontradas para o desenvolvimento económico da Região não podem pôr em causa a salvaguarda do património natural do arquipélago. O alerta foi deixado, no final da tarde de quinta-feira, pelo vereador da Câmara Municipal da Praia da Vitória com responsabilidade nas áreas da Educação e Juventude, na mesa redonda sobre “Cidadania e Sustentabilidades para o século XXI – Caminhos para uma Comunidade Sustentável nos Açores”, que decorreu na Academia da Juventude e das Artes da Ilha Terceira, na Praia da Vitória.
Paulo Rocha, que presidiu a este debate, realçou que a preservação ambiental, a formação e a educação “são pilares estratégicos” para o desenvolvimento do concelho da Praia, da ilha e da Região. E que, “quando bem construídos, garantem-nos que a Cidadania e a Sustentabilidade serão características indeléveis da Comunidade”.
“Mas para que isso venha a ser uma verdade indubitável, é necessário apostar fortemente na Sensibilização da actual geração e – acima de tudo – na Educação dos mais novos. Para a Câmara Municipal da Praia da Vitória, o futuro deste Concelho, desta Ilha e desta Região, reside sobretudo na criação de uma forte consciência comunitária em defesa do Ambiente que nos rodeia; uma consciência capaz de encontrar soluções que conjuguem a salvaguarda do património que a Natureza nos legou e as necessidades do desenvolvimento ansiado pelas populações”, argumentou.
Para Paulo Rocha, uma boa estratégia neste sentido pode começar, por exemplo, pelo estudo da “eficiência energética e da sustentabilidade” das casas do Ramo Grande.
“[Estas habitações provam que] as gentes que aqui chegaram foram capazes de compreender os recursos das ilhas e estabeleceram-se nelas, organizando-se e organizando-as de acordo com as suas necessidades”, explicou Paulo Rocha.
“Se estudarmos os antigos costumes e tradições; se estudarmos o ambiente que nos rodeia, a sua biodiversidade e o potencial de cada recurso; no fundo, se estudarmos estas ilhas que habitamos, garantidamente encontraremos soluções para um desenvolvimento sustentável”, disse, apelando às escolas, às universidades, aos órgãos executivos autárquicos e regionais que reforcem o empenho na busca da sustentabilidade do desenvolvimento local e regional.
“Se cada uma das partes, no âmbito das suas competências, souber dialogar e, acima de tudo, interiorizar que tem uma palavra a dizer na salvaguarda do nosso património natural e na construção de uma comunidade cada vez mais sustentável, não duvido que o futuro dos nossos filhos estará assegurado”, sublinhou.
A mesa redonda que decorreu na quinta-feira, 08, insere-se no projecto coordenado pelo Conselho Nacional de Educação e co-financiado pela Fundação Luso-Americana, contando com mais de duas dezenas de entidades parceiras no arquipélago, entre eles a Câmara Municipal da Praia da Vitória.
O protocolo que regula este projecto foi assinado pelo presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, Roberto Monteiro, na terça-feira, 06, numa cerimónia que decorreu no Pico Gaspar, no interior da ilha.
Gab. Comunicação.
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