O vereador com o pelouro do Turismo da Câmara Municipal da Praia da Vitória considera que o estudo aprofundado do espaço natural é a condição de base para se encontrar o equilíbrio entre a preservação ambiental e a rentabilização da Natureza como produto turístico.
Paulo Rocha, que falava na abertura do seminário sobre Turismo & Ambiente, que decorreu na manhã desta segunda-feira, dia 15, na Academia da Juventude, na Praia da Vitória, argumenta que o conhecimento é a chave para uma solução que satisfaça ambas as partes e, por isso, defende o diálogo permanente entre quem investiga e quem gere ou cria produtos turísticos baseados na Natureza.
“Só através de um conhecimento pormenorizado do nosso Meio Ambiente, de cada uma das suas partes e do seu todo, é possível – em minha opinião – salvaguardarmos o espaço que habitamos. Daí que realce a importância – a exigência até – de todas as entidades, públicas e privadas, manterem um estreito diálogo com quem investiga e estuda a Natureza açoriana, para que a sua acção não se afaste do propósito maior que cada ilhéu deve perseguir: proteger a sua ilha, porque a sua sobrevivência e a sobrevivência dos seus descendentes dependerá das acções presentes”, sublinhou o vereador, na sessão de abertura do seminário organizado pelo gabinete de Turismo da Câmara Municipal da Praia da Vitória.
Perante estudantes da Universidade dos Açores, da Escola Profissional da Praia, operadores turísticos e responsáveis na área do Turismo e do Ambiente, Paulo Rocha reconheceu que o ponto de equilíbrio entre o uso da Natureza como cartaz e produto turísticos e a salvaguarda do espaço natural não é “fácil de alcançar”, mas apelou a que os técnicos com responsabilidade na preservação ambiental não assumissem essa tarefa partindo do pressuposto que ambas as partes não podem co-existir.
“É possível preservar, mas essa preservação não impede algum aproveitamento turístico. Daí o desafio que vos deixo, quer aos técnicos desta Autarquia, quer a todos aqueles que actualmente ou no futuro tenham uma palavra a dizer neste âmbito: desenvolvam a vossa actividade com uma preocupação em mente – a preservação ambiental não implica necessariamente fechar o espaço natural ao contacto humano. É no equilíbrio entre as necessidades das partes que reside a solução”, argumentou.
Segundo o responsável, esta visão tem vigorado na Câmara Municipal da Praia da Vitória, servindo de base às orientações estabelecidas para ambos os sectores.
“No caso da Praia da Vitória, a nossa acção passa sobretudo por buscarmos constantemente o equilíbrio entre a salvaguarda da Natureza e o crescimento da nossa actividade turística”, sublinhou Paulo Rocha.
Neste encontro, vários responsáveis governamentais, económicos e universitários debateram várias perspectivas da dicotomia Turismo e Ambiente.
No encontro, intervieram o director regional do Ambiente, João Bettencourt, a delegada do Turismo da Ilha Terceira, Verónica Bettencourt, o director da Associação Regional do Turismo, José Eduardo Toste, e o professor universitário e director do Gabinete de Ecologia Vegetal Aplicada, Eduardo Dias.
Gabinete de Comunicação
Notícias Relacionadas
Praça Francisco Ornelas da Câmara | 9760-851 Santa Cruz
Telefone: 295 540 200
geral@cmpv.pt