A educação e a formação são basilares na luta contra a pobreza e a exclusão social. A ideia foi vincada pelo presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória no encontro promovido pelo Departamento de Acção Social da Autarquia para assinalar o Ano Europeu de Luta Contra a Pobreza e a Exclusão Social.
Roberto Monteiro, que falava na abertura do evento, que decorreu na sala anexa ao Império de Santa Rita, explicou que a educação e formação que refere não se limitam à aprendizagem escolar e que se estendem a todo e qualquer acto que torne a sociedade mais sensível para com quem é vítima de exclusão social e vive num quadro de pobreza.
“A educação e a formação são essenciais para combatermos a exclusão social e a pobreza. Quem vive nestas situações deve ter acesso, em pé de igualdade, a condições que lhe permita debelar estes problemas. E quem não os vive deve conhecer os problemas e aprender a não estigmatizar, a não ter preconceitos e a compreender e ajudar a ultrapassar estes casos”, argumentou o autarca.
“Acredito que o caminho certo passa pela aposta na educação solidária e humanizante das futuras gerações. Não podemos deixar aprofundar o fosso que segrega crianças e jovens no acesso às oportunidades”, disse.
“O combate à pobreza e à exclusão social não é meramente um problema dos organismos públicos. É um problema das sociedades. Ou seja, é um problema de todos nós”, sublinhou Roberto Monteiro.
Segundo o presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, a pobreza potencia a desigualdade, sobretudo ao nível das crianças, e reduz a níveis mínimos a qualidade de vida, nomeadamente junto dos idosos.
“São sectores da população que devem merecer a nossa atenção com maior relevo. Quer das instâncias públicas quer da própria sociedade. Porque, muitas vezes, os vizinhos, os familiares ou os amigos podem ajudar a ultrapassar estes problemas”, frisou.
“Mas é também fundamental que os pais, em casa, ensinem aos seus filhos que quem é pobre e quem é excluído socialmente não é um ser inferior, nem que deve ser posto de parte. Se, desde pequenos, os nossos filhos forem ensinados neste sentido, acabaremos por viver num mundo melhor, onde a pobreza e a exclusão social não serão realidades gritantes”, explicou.
Roberto Monteiro apelou ainda a que seja promovida a sensibilização para se pôr fim ao estigma de que “quem é pobre é malandro”.
“A nossa sociedade criou este preconceito, generalizando casos menos bons, o que é injusto e, acima de tudo, deturpa a realidade”, sublinhou.
Neste encontro intervieram também o provedor da Santa Casa da Misericórdia da Praia da Vitória, Francisco Ferreira, que defendeu que as instâncias mais próximas das populações devem procurar ajudar na luta contra a pobreza e contra a exclusão social, nomeadamente as Irmandades do Espírito Santo.
Por seu turno, Jorge Coelho, professor na Escola de Santa Rita, apelou a que os pais não se afastem da educação dos seus filhos e que lutem para que a sua condição social e económica não seja um entrave a uma melhor vida dos seus descendentes.
Catarina Nogueira, Elisabete Alves e Catarina Rocha, técnicas da equipa de Reabilitação na Comunidade do Departamento de Acção Social da Câmara da Praia, apresentaram vários documentários em vídeo sobre a acção de várias instituições de solidariedade social no concelho e os resultados de um inquérito realizado nas comunidades de Santa Rita, Serra de Santiago e Urbanização dos Biscoitos.
A sessão terminou com a entrega dos Guias do Morador, livros onde estão impressos conselhos sobre segurança, bons hábitos e cuidados a ter numa habitação.
Gabinete de Comunicação
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