Ajudar os proprietários de estabelecimentos de comércio tradicional em áreas como a gestão, comunicação, decoração, animação e merchandising, entre outras, com vista à revitalização dos seus negócios. É este o principal objectivo do Projecto “Açores Comércio Vivo”, apresentado na noite de terça-feira aos comerciantes da Praia da Vitória e de Angra do Heroísmo.
O projecto, que, no caso da Praia, resulta de uma parceria entre a Câmara Municipal da Praia, da Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo (CCAH) e do Núcleo de Comerciantes da Praia da Vitória, garantirá aos comerciantes que aderirem à iniciativa formação e consultoria esecializadas.
“Este projecto integra-se num objectivo: revitalizar o comércio tradicional, no âmbito de uma estratégia consertada, coerente e em que todos caminham na mesma direcção. É uma iniciativa que pode contribuir decisivamente para a competitividade dos estabelecimentos, conferindo-lhes ferramentas para enfrentarem os desafios de hoje, consolidando os seus negócios e viabilizando-os para o futuro. É uma oportunidade única que deve ser aproveitada”, realçou o presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, falando para uma assistência composta por empresários locais, que assistiram à apresentação numa sessão que decorreu na Academia de Juventude e das Artes da Ilha Terceira.
“É importante que se tenha a perfeita noção de que o sucesso deste projecto parte sobretudo do empenho do empresário e dos seus colaboradores na concretização desta iniciativa, particularmente na fase de consultoria e recomendações dentro do ponto de venda. O auxílio de uma equipa técnica com provas dadas e que garante uma visão externa do mercado local são condições que o projecto reúne e que contribuem também para o seu sucesso”, sublinhou Roberto Monteiro.
O projecto de revitalização do Comércio Tradicional “Açores, Comércio Vivo”, elaborado em conjunto com a Associação Empresarial de Portugal (AEP), garante às empresas seleccionadas 40 horas de formação e 42 horas de consultoria no interior da empresa, altura em que o funcionamento, a estratégia de vendas, a estrutura de custos e outras áreas serão analisadas individualmente. Dessa análise resultará um relatório com recomendações para o empresário, no sentido de revitalizar o seu negócio.
Esta fase terá por base três eixos: gestão e animação do ponto de venda; gestão económico-financeira do ponto de venda; e logística do ponto de venda.
Ao nível da componente formativa, ela abrangerá o atendimento, comunicação e merchandising, técnicas de merchandising e animação do ponto de venda, decoração e vitrinismo, logística do ponto de venda, novas práticas de gestão e a envolvente arquitectónica externa e interna da loja.
Segundo o presidente da Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo, Sandro Paim, serão seleccionadas 50 empresas dos concelhos da Praia e de Angra e das ilhas São Jorge e Graciosa (áreas geográficas de actuação da CCAH), mediante um processo de selecção orientado pela AEP.
“Tendo em conta os apoios conseguidos para este projecto, foi necessário limitar nesta primeira fase os participantes no projecto. Os critérios de selecção serão muito claros e concisos e haverá majoração para as empresas mais pequenas”, explicou Sandro Paim.
Para os empresários do comércio tradicional da Praia da Vitória, o período de candidatura ao projecto decorre até 13 de Setembro, sendo as candidaturas avaliadas até 21 de Setembro.
Na Praia da Vitória, o projecto decorrerá entre 27 de Novembro e Novembro de 2011.
Segundo Sandro Paim, os custos associados às alterações decorrentes da análise dos consultores poderão receber apoio financeiro.
Da equipa de consultores fazem parte Regina Ribeiro, Trigo de Morais e Paulo Gonçalves, que desenvolveram projectos semelhantes em Braga e no Porto.
Os interessados podem recolher mais informações junto da Câmara do Comércio de Angra, podendo enviar as suas candidaturas para geral@ccah.eu, entregá-las directamente nos serviços da instituição ou enviá-la pelo faxe 295 217 414.
Para as empresas até cinco trabalhadores o custo de participação no projecto é de 100 euros, sendo de 250 euros para as empresas até dez trabalhadores, 375 euros para as empresas até 15 trabalhadores e de 500 euros para as empresas com mais de 20 trabalhadores.
“É um custo irrisório, que foi decidido para, de certa forma, responsabilizar os participantes, evitando que participem pela gratuitidade do projecto. Este valor, de qualquer forma, reverterá para a empresa em formação”, explicou Sandro Paim.
Para Vasco Cunha, da Mesa de Comerciantes da Praia da Vitória, “esta é uma oportunidade muito interessante que pode significar uma solução para a revitalização do comércio tradicional na Praia da Vitória”.
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