O presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória considera que a realização do Congresso do Livro integrada no Outono Vivo enriquece a iniciativa e apelou à continuação da cooperação entre a APEL e a Autarquia.
Roberto Monteiro, que intervinha na abertura do fórum que reúne, hoje e amanhã, cerca de uma centena de intervenientes e interessados no mercado editorial e livreiro nacional e internacional, argumentou que essa cooperação pode abrir as portas à vinda à Praia de outras vozes ligadas à Literatura Lusófona.
“A realização do Congresso da APEL no âmbito do Outono Vivo enriquece a iniciativa, porque coloca na Praia da Vitória o debate e diferentes visões sobre o presente e o futuro do mercado editorial e livreiro nacional, trazendo-nos novas perspectivas e opiniões, essenciais à contínua construção da nossa Cultura. Por isso, deixo aqui também um forte apelo para que a cooperação entre a APEL e a Câmara Municipal da Praia da Vitória não se esgote neste evento. Para que dê frutos no futuro, enriquecendo o Outono Vivo em posteriores edições, nomeadamente possibilitando, por exemplo, o acesso a escritores lusófonos, enquadrando a sua passagem por este Concelho na promoção, defesa e dinamização da Língua Portuguesa, a língua que nos une enquanto Povo, enquanto Nação”, sublinhou.
O autarca, que partilhou a mesa na cerimónia de abertura do Congresso do Livro (o primeiro realizado em território nacional) com o presidente da APEL, Paulo Teixeira Pinto, e com a directora regional das Comunidades, Graça Castanho, explicou ainda que a realização do evento na Praia era “ansiada há vários anos” e que a sua concretização resultou do “empenho e da cooperação entre o Governo Regional dos Açores e do Município da Praia da Vitória” que “convenceram a APEL a reunir-se na Região”.
O Congresso do Livro realiza-se integrado na programação do VI Outono Vivo, cuja abertura decorreu na noite de quinta-feira, 27.
“O Outono desfolha-se nesta Praia da Nemésio, numa vitória festiva das Letras e das Palavras, das notas e das cores, das pautas e das paletas, com que músicos, poetas e pintores e actores e autores encheram telas, partituras e folhas aos milhões, em livros que da terra lusa, a Angola, passando pelo Brasil a Cabo Verde, pelas comunidades das americanas diásporas, nos unem nesta Pátria a que Pessoa chamou Língua Portuguesa. Por aqui, poderemos ver a plástica linguagem lusófona dos artistas locais, ao mundo que o nosso Genuíno “Fernão de Magalhães” abraçou duas vezes, e podemos ver como se constroem culturas e ler escritas de gente da Lusofonia”, poetizou o vereador da Cultura da Câmara Municipal da Praia da Vitória, na abertura do Outono Vivo e da Feira do Livro que lhe serve de epicentro.
A sessão de abertura terminou com uma palestra do Representante da República para os Açores, embaixador Pedro Catarino, que recorreu à sua experiência enquanto diplomata para falar aos presentes dos objectivos da diplomacia nacional, particularmente do trabalho em prol da defesa, promoção e dinamização da lusofonia.
A abertura do VI Outono Vivo iniciou-se com um pequeno concerto musical interpretado pela Orquestra de Cordas da Academia de Juventude e das Artes da Ilha Terceira.
Para este fim-de-semana, a programação do Outono Vivo conta, no sábado, com a apresentação dos livros “A Fotografia nos Açores”, da autoria de Carlos Enes (às 17h30), “José Silvestre Ribeiro: o liberal e o humanista”, de Maria João Vieira (às 20h00), e “O Mundo que Eu Vi”, de Genuíno Madruga (às 21h30).
No domingo, são apresentados os livros “Na Esquina das Ilhas”, de Lélia Nunes (às 15h30), e “Antigamente Era Assim: ensaios de história dos Açores”, de Avelino Meneses (às 17h00).
Estas apresentações decorrem na Academia de Juventude e das Artes da Ilha Terceira, cuja animação musical em ambas as noites fica a cargo dos músicos Alexandre Gualdino e Humberto Ramos.
Na tarde de domingo, às 15h00, no Auditório do Ramo Grande, será exibido o filme “Carros 2”, uma iniciativa vocacionada para os mais novos, sendo gratuita a entrada a menores de 12 anos.
A Feira do Livro (que abre as 09h30 no sábado e às 10h00 no domingo) e, também na Academia, as exposições “O Mundo que Eu Vi” (fotografias de Genuíno Madruga durante as suas viagens de circum-navegação), “Escritas de Gentes da Lusofonia” (painéis com excertos de escritores lusófonos expostos pela Rua de Jesus) e “Construir Cultura”, organizada pela direcção regional das Comunidades e patente no Auditório do Ramo Grande podem ser visitadas este fim-de-semana, eventos que se prolongam por todo o Outono Vivo.
O programa completo do evento pode ser consultado em www.cmpv.pt ou www.outonovivo.com.
Gabinete de Comunicação.
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